O Retorno

Gente, sei que faz um tempo que eu não escrevo... É que, como eu disse, faltou inspiração.

Já aviso, não sei se esse post vai atingir suas expectativas, mas acho que estou devendo uma satisfação depois da volta dos meus pais.

No dia em que meus pais voltaram, terça-feira passada, o intuito era deixar a casa arrumada para que quando a Mamis chegasse, ela encontrasse a casa do jeito que ela gosta: “nos trinques”.

Certo horário do início da noite minha prima, a Depre, chegou aqui com a filhote dela, a Lulu (quase 3 anos), a netinha postiça dos meus velhos. Essa fofurinha começou a fazer uma bagunça só na sala. Falei pra ela: Lulu, sua vó vai te matar! (é claro que no momento que minha mãe visse a bagunça ela ficaria brava, mas ao saber quem fez a bagunça, ela não ligaria mais – muito mimada essa menina)

Como eu tinha que trabalhar, terminei de preparar o arroz (que virou minha especialidade) e fui dar minha aula.

Claro que a Depre não deixou a sala bagunçada, ela sabe a madrinha (minha Mamis) que tem!

Cheguei da aula e os velhinhos ainda não tinham chegado. A Iron Hand e a Enfezadinha foram buscá-los no aeroporto. Como a MINHA Madrinha estava com eles, ainda foram levá-la para sua casa, lá na Zona Lost.

Logo eles chegaram, bem e super felizes com a viagem. Eles passaram metade dos dias em Minas Gerais (Virgolândia e Governador Valadares) e a outra metade em Vitória (ES). Nesta última, eles também têm netos postiços, inclusive um recém-nascido. Adoraram os netinhos, ainda mais a Lili (3 anos) que está, segundo os avós babões, mais esperta do que nunca. Mas eu não duvido da esperteza dela não, ela realmente é esperta que só! (ai, que saudade!!!)

Os dias que sucederam, com Mamis ainda de férias, foram bem... agitados.

A Mamis estava louca... Querendo arrumar a casa TODA! Armário aqui, armário acolá, pensando em pintar a casa, reforma não sei onde... Enfim, uma loucura!

Começamos (ela já devia ter arrumado alguns cantos) pelo armário embutido do meu quarto, onde guardamos muita papelada. Eu quase fiquei louca (pensei até em dar um diazepam pra senhora). Tira papel, aquela poeira, um monte de caixinhas... Uma bagunça só... Até parece que ela gosta de bagunçar para ter o prazer de arrumar. Ajudei (muito de mal gosto, mas ajudei).

Nos outros dias ela foi desarrumando e arrumando outros lugares. Aí no sábado a Iron Hand, que puxou muito bem a mãe dela nessa questão de arrumação, resolveu arrumar o armário de roupas. De novo, eu ajudei. Tiramos um monte de roupa e jogamos fora... Brincadeirinha! Guardamos em uma bolsa para dar à outras (política do Reusar).

E continuamos nesse nível de arrumação até hoje.

Com a volta da chefia, as coisas voltaram a ser como antes. Exemplo: os meninos normalmente não penduram a toalha do jeito que minha mãe gosta (enfileiradas no varal nº 2). Enquanto meus pais estavam viajando, eles penduravam a toalha no lugar certo (e eu fiquei muito espantada quando vi). Foi só a Flor voltar que no dia seguinte as toalhas estavam jogadas na cadeira.

Mas ela não se importa, porque os meninos, “coitadinhos”, estudam e trabalham... (reparem a ironia... mas ela realmente acha isso). Por isso que os meninos acreditam que têm escravas aqui em casa, culpa da criação da mãe e do pai (como já diria a Supernanny!).

Lições aprendidas:

- é possível viver sem minha mãe nessa casa com tantos irmãos, mas não por muito tempo;

- não é legal ser babá de marmanjo, nem um pouco;

- quando eu crescer, quero ser uma boa mãe (como a minha), mas não quero que meus filhos achem que eu sou escrava deles.

...

(peço para meus irmãos que contribuam aqui, comentando)

A mãe volta e começa a fazer tudo por todos de novo... Ela reclama que a gente não faz as coisas, mas quando a gente pensa em fazer, ela já fez há muuuuito tempo.

E quem não gosta de ficar de boa?! A gente aproveita... (alguns mais - muito mais - que outros).